O bairro Barra do Manhuaçu, em Aimorés/MG, possui um novo sistema de alerta composto por três sirenes, que atendem ao Programa de Segurança e Alerta no Trecho de Vazão Reduzida (TVR).
Instaladas em pontos estratégicos, elas têm o objetivo de alertar os moradores nos casos de elevação repentina do nível do rio Doce, em função de ocorrências operacionais na Usina Hidrelétrica de Aimorés.
A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC) de Aimorés e o Núcleo de Proteção e Defesa Civil (NUPDEC), em parceria com a Aliança, acompanham as variações na vazão dos rios Doce e Manhuaçu e informam os moradores sobre os riscos de alagamento.
Quando as sirenes tocarão?
As sirenes do PSA serão acionadas em duas situações: durante os testes anuais ou em emergência operacional da UHE Aimorés.
Todo ano, antes de começar o período chuvoso, serão realizados testes sonoros para avaliarem o funcionamento do sistema. A agenda dos testes será divulgada com antecedência, orientando a comunidade para que, nesses casos, continuem com suas atividades normais e participem das pesquisas, que ajudarão a avaliar o efetivo funcionamento do sistema.
Na outra situação, de ocorrência operacional na UHE Aimorés, o acionamento das sirenes será realizado única e somente durante o período chuvoso, se a usina parar de gerar sem possibilidade de retorno imediato e se estiver passando elevado volume de água pelo rio Doce. “Nesses casos, seria necessário vertermos toda a vazão turbinada, o que adicionaria cerca de 1.500 metros cúbicos de água por segundo ao TVR em um curto espaço de tempo, podendo causar alagamento de residências”, explica Adilison Melo, coordenador da Usina de Aimorés.
Nas situações de ocorrência operacional, os moradores da Barra do Manhuaçu serão orientados a se deslocarem imediatamente até o Ponto de Encontro, na Escola Estadual Américo Martins da Costa, assim que ouvirem as sirenes tocarem. Lá, a COMPDEC e o NUPDEC estarão preparados para orientá-los.
Adilison esclarece ainda que o Programa de Segurança e Alerta no TVR tem o objetivo preventivo de garantir proteção e socorro da comunidade da Barra do Manhuaçu e a segurança das pessoas durante os vertimentos (abertura das comportas) no período chuvoso. “Nos casos de parada das máquinas, em que ocorre aumento repentino de vazão, o restante da cidade de Aimorés é menos atingido e por isso priorizamos esse bairro, que tem maior impacto”, conclui.
Importante saber!
- Com a operação normal da Usina de Aimorés, parte do volume de água que chega à barragem da Pedra Lorena (até cerca de 1.500 m³/s) é desviada para a geração de energia na Casa de Força, localizada no distrito Santo Antônio do Rio Doce.
- Cada Unidade Geradora (UG) consegue absorver quase 500 m³/s de água no processo de geração de energia.
- Quando uma UG para de funcionar, automaticamente a água que seria utilizada para produzir energia deixa de ser desviada e precisa ser vertida, liberada pelas comportas.
- As sirenes do PSA só serão acionadas quando a vazão vertida somada à vazão do rio Manhuaçu superar os 3.600 m3/s.
- As sirenes do PSA, quando acionadas, possuem uma sequência de toques que duram um minuto, com intervalos de cinco minutos entre eles e apenas na Barra do Manhuaçu; diferente do toque das sirenes do PAE, que tem uma mensagem de voz seguida de alarme contínuo e em vários pontos da cidade de Aimorés.
