No dia 21 de março, a Aliança realizou três reuniões de Monitoramento da Fauna com o objetivo de compartilhar os resultados das campanhas realizadas no Complexo Eólico Acauã, localizado no estado do Rio Grande do Norte. A primeira reunião ocorreu durante o Diálogo Diário de Segurança (DDS), com a participação dos colaboradores da empresa no próprio Complexo. As outras duas ocorreram em comunidades vizinhas ao empreendimento, uma na Escola Inácio Félix, na comunidade de Baixa do Sítio, em São Vicente, e a outra na sede da Associação do Assentamento Santana, em Lagoa Nova.
Durante os encontros, foram apresentados os resultados das duas primeiras campanhas de monitoramento da fauna, realizadas em outubro de 2024 e janeiro de 2025. Ao todo, as reuniões contaram com 67 participantes, entre moradores das comunidades locais e membros da equipe.
A metodologia de apresentação foi desenvolvida com o objetivo de promover a conscientização sobre questões ambientais, garantindo a transparência na divulgação dos dados coletados. Optou-se por uma abordagem dialogada, utilizando imagens e uma linguagem acessível para facilitar a comunicação e o entendimento de todos os participantes.
Além de apresentar os resultados do monitoramento, foram abordados temas importantes, como a caça, o tráfico de animais e suas consequências para o meio ambiente. Também foram compartilhadas informações sobre a legislação brasileira relacionada a esses assuntos, com o intuito de informar e conscientizar a população local, diretamente afetada por essas questões.





Os resultados das campanhas de monitoramento indicaram que, no Complexo Eólico Acauã, nenhuma espécie de ave apresentou uma altura de voo considerada suscetível à colisão com as pás dos aerogeradores. As nossas observações revelaram a presença de 95 espécies de aves, sendo 04 são endêmicas da Caatinga, 12 são migratórias, e não registramos espécies ameaçadas.
De acordo com a Analista de Meio Ambiente, Andreza Bezerra, o Monitoramento de Fauna no Complexo Eólico Acauã iniciou na fase de instalação do empreendimento e segue sendo realizado na fase de operação. “É de suma importância a sua realização para caracterizar os grupos faunísticos presentes na área do Complexo Eólico e monitorar os possíveis efeitos (adversos e benéficos) do empreendimento sobre a fauna. O monitoramento é realizado trimestralmente por biólogos especialistas nos seguintes grupos de animais: mamíferos terrestres e voadores (morcegos), anfíbios, répteis e aves. As reuniões técnicas anuais com as comunidades representam uma excelente oportunidade para expor os principais resultados do monitoramento (nº de espécies registradas, entre outros), além de abordar sobre a importância de espécies endêmicas (aquelas que ocorrem apenas em determinada área geográfica, nesse caso no Bioma Caatinga), sobre as ameaçadas de extinção e ainda sobre caça, tráfico de animais e suas consequências ambientais”.

As ações estão alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), incluindo o ODS 13, que tem como objetivo a preservação da fauna e flora para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, e o ODS 15, que busca a conservação dos ecossistemas terrestres e a proteção da biodiversidade local.
A Aliança Energia reafirma seu compromisso em dar continuidade às ações do Programa de Monitoramento de Fauna, sempre promovendo a transparência e incentivando o engajamento da população nas questões relacionadas à conservação da biodiversidade local.