Em uma celebração de força, resiliência e empreendedorismo feminino, a Aliança Energia e a Engie Brasil divulgaram as vencedoras da 5ª edição do projeto “Mulheres do Nosso Bairro.” A iniciativa visa promover a equidade de gênero e a geração de renda por meio do apoio a mulheres empreendedoras, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5 e 8, que incentivam a igualdade de oportunidades e o crescimento econômico inclusivo.
Este ano, o programa priorizou projetos apresentados por mulheres negras e mães, selecionando 100 iniciativas inspiradoras de todo o Brasil. Entre as vencedoras, destacam-se cinco mulheres dos municípios de atuação da Aliança Energia no Nordeste: Icapuí (CE), Lagoa Nova (RN), São Vicente (RN), Tenente Laurentino Cruz (RN) e Santana do Matos (RN). Essas mulheres, além de histórias marcadas pela superação e determinação, compartilham um detalhe especial: todas levam o nome Maria.
Com o incentivo da Aliança Energia, essas empreendedoras inscreveram seus projetos, conquistando uma oportunidade de desenvolver ainda mais seus negócios. Elas representam as comunidades do entorno dos complexos eólicos Acauã, Santo Inácio e Central Eólica Gravier, mostrando como o apoio estruturado pode transformar vidas e fortalecer economias locais.
Conheça as vencedoras da 5ª edição do projeto “Mulheres do nosso bairro”
Maria Madalena de Araújo – São Vicente (RN)
Maria Madalena é uma artesã que transforma saberes tradicionais em arte. Seu projeto “Sertão Forte” visa criar um espaço físico adequado e adquirir insumos para expandir sua produção de peças decorativas e utilitárias. Além de resgatar técnicas como trançados e bordados, ela pretende compartilhar conhecimento com outras mulheres da região, fortalecendo a cultura local.
Maria Madalena compartilhou sua visão sobre o projeto:
“Feliz demais da conta! Eu ainda não tenho experiência com grupos, não tenho experiência com capital visível e não sei exatamente como faria para que essas mulheres também pudessem distribuir essa renda entre elas. É confiando no apoio de vocês que acredito estar capacitada para realizar isso.”
Maria José Soares de Lima – Santana do Matos (RN)
Mulher do campo e presidente de uma associação comunitária, Maria José dedica-se à criação de suínos. Com o apoio do projeto, ela planeja construir instalações adequadas e adquirir mais animais e ração. Para ela, a vida no campo é mais que um sustento: é uma fonte de paz e superação, especialmente após enfrentar uma depressão causada por perdas familiares.
Maria José compartilha um relato sobre como o projeto vai ajudar a sua vida:
“Este projeto vai me trazer novas oportunidades de continuar fazendo o que eu gosto. E o que eu gosto é lidar com as coisas do campo. Não tem coisa melhor do que sair para alimentar os porcos e as galinhas. A melhor parte, para mim, é colher o alimento para os animais, pegar os ovos no ninho da galinha e cuidar dos pintinhos. É a coisa mais linda do mundo. Meus porquinhos são muito importantes, porque criamos não só para vender, mas também para o nosso próprio sustento. Quando a situação financeira fica difícil em casa, abatemos um porco e armazenamos a carne no congelador. Assim, conseguimos ter carne por muito tempo. Recentemente, abatemos outro, e agora não precisamos mais comprar carne por um bom período. Essa é a vantagem de viver no campo: poder produzir o que precisamos para nos alimentar.”
Maria Paula da Silva Oliveira – Lagoa Nova (RN)
Reunindo mulheres do sertão em torno da produção de artesanatos, geleias e pães, Maria Paula lidera o projeto “Mulheres Vitoriosas.” A iniciativa visa adquirir equipamentos e insumos, além de desenvolver estratégias de marketing para fortalecer a produção e as vendas. “Sozinhas andamos bem, mas juntas andamos melhor,” afirma a empreendedora, que valoriza o trabalho coletivo como instrumento de transformação social.
Maria Paula compartilha sua perspectiva sobre a força do trabalho coletivo:
“Não é só sobre mim, mas sobre todas nós! É como eu sempre digo para as meninas: sozinhas a gente anda bem, mas juntas a gente anda melhor. Sim, os planos são aqueles que já compartilhei com vocês. Queremos trabalhar, e, se Deus quiser, organizar tudo direitinho para começar nossa feira. É algo que sempre comentávamos. ‘Como vocês vão fazer a feira? O que precisam?’ E eu dizia: ‘Vamos arrumar um jeito, fazer um concurso, buscar apoio.’ Porque panela a gente já tem, coragem e força também. Só precisamos de um empurrão a mais. E eu acredito que isso aqui não foi apenas um empurrão, foi uma vitória. Se Deus quiser, vamos trabalhar para fazer tudo render”.
Maria Aparecida da Costa – Tenente Laurentino Cruz (RN)
Mãe de três filhos e empreendedora batalhadora, Maria Aparecida vende bolos, pães e geleias de porta em porta. Com o apoio do projeto, ela pretende construir uma cozinha própria e uma loja física para aumentar a produção e alcançar mais clientes. A empreendedora destaca que sua dedicação permite sustentar sua família em tempos de dificuldade.
Maria Aparecida fala sobre sua luta diária:
“Meu dia a dia é bem corrido. O forno que eu uso é antigo e já não funciona muito bem, ele não tem controle de temperatura. Além disso, é pequeno. Por ser pequeno, consigo fazer apenas dois bolos de cada vez. Isso acaba impactando na produção e no tempo, porque tudo é muito limitado. Por isso, estou planejando investir em um forno maior, que me permita fazer mais bolos de uma só vez. Com isso, acredito que vou ganhar em tempo, melhorar a qualidade e alcançar mais clientes.”
Ela também compartilha o impacto da sua produção na sua família:
“A renda que obtenho com os bolos e doces é muito importante para a minha família, principalmente porque meu esposo está desempregado atualmente. É com essa renda que conseguimos nos manter. Minha irmã também ajuda na produção; o que eu ensino a ela, ela faz para mim, e assim vamos vivendo. Essa renda é essencial não só para mim, mas também para ela.”
Maria Nasirene Lopes do Nascimento – Icapuí (CE)
Representante de uma tradição secular, Maria Nasirene trabalha com artesanato em renda na comunidade de Vila Nova II. Seu projeto busca modernizar sua produção com novos materiais e equipamentos, além de abrir oportunidades para outras mulheres da região.
Maria Nasirene compartilha sua emoção ao ser reconhecida:
“Meu nome é Maria Nasirene, sou rendeira e estou aqui muito feliz, mas também muito emocionada com esta notícia tão maravilhosa de ter sido contemplada pelas mulheres do nosso bairro. Fui escolhida no edital, e estou até sem palavras de tanta felicidade e emoção. Quero agradecer à Aliança por ter me contemplado.”
Joseane Viola, coordenadora de Responsabilidade Social e Inovação da Aliança Energia, ressalta que a participação da empresa no projeto reforça seu compromisso com o desenvolvimento social e a sustentabilidade. “Queremos contribuir para a economia local e promover a igualdade de gênero, proporcionando independência financeira para essas mulheres”, afirma.
Com histórias de determinação e esperança, essas cinco Marias mostram que, apesar das dificuldades, é possível transformar sonhos em realidade. Seus projetos são um exemplo de como o apoio ao empreendedorismo feminino fortalece comunidades e inspira futuras gerações.