Festival de Máscaras Africanas celebra cultura quilombola na Macambira

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No dia 1º de setembro, o Museu Quilombola da Macambira, patrocinado pela Aliança Energia por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, realizou o primeiro Festival de Máscaras Africanas, como parte do projeto “Museu na Escola”. O evento reuniu cerca de 215 crianças de nove escolas públicas e privadas dos municípios de São Vicente, Lagoa Nova e Santana do Matos, no Rio Grande do Norte.

Antes de confeccionarem as máscaras, os alunos participaram de atividades educativas que os conectaram à história da comunidade quilombola da Macambira, fortalecendo o vínculo entre educação e identidade cultural. As escolas envolvidas foram o Centro Educacional Altiva Santos, Escola Municipal São Daniel, Escola Municipal São Luís, Escola Municipal Dioniza Batista da Silva, Escola Municipal Dom José Delgado, Escola Municipal Maria das Graças, Escola Municipal Monsenhor Walfredo Gurgel, Escola Municipal Nossa Senhora da Conceição e Escola Municipal Maria Antônia de Lima.

A coordenadora pedagógica do museu, Eriane Santos, explicou: “O intuito desse projeto é levar a cultura quilombola às escolas e assim as crianças terem conhecimento da nossa cultura.”

Joseane Viola, coordenadora de Relacionamento com Comunidades e Inovação Social da Aliança Energia, destacou o envolvimento das escolas: “Muitas escolas trabalharam durante meses na confecção de máscaras africanas, reafirmando a dedicação do projeto com a cultura quilombola. Para nós da Aliança Energia é um grande orgulho fazermos parte desse projeto.”

Vilmário Candido Pereira, presidente da associação dos quilombolas da Macambira, celebrou a chegada de iniciativas que fortalecem a comunidade: “A comunidade fica muito feliz em receber esses projetos que estão crescendo na comunidade e propagando a nossa história.”

A professora Francimara Victor Araújo, da Escola Municipal Monsenhor Paulo Herôncio de Melo, situada na comunidade Buraco da Lagoa, ressaltou a importância pedagógica do festival: “Esse momento é ímpar e de grande importância não só para a comunidade da Macambira, mas também para os nossos alunos.”

O Festival de Máscaras Africanas também se alinha a diversos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, como o ODS 4, que promove educação de qualidade ao incentivar o aprendizado sobre cultura afro-brasileira; o ODS 10, que busca a redução das desigualdades ao valorizar a identidade quilombola e promover inclusão; o ODS 11, que apoia cidades e comunidades sustentáveis ao fortalecer o patrimônio cultural local; e o ODS 17, que incentiva parcerias e meios de implementação ao unir museu, escolas e empresas em prol da cultura.

Mais do que máscaras, o festival revelou rostos de uma nova geração que reconhece e valoriza suas raízes, reafirmando o papel da educação como ferramenta de transformação social e preservação da ancestralidade.

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