O Museu Quilombola da Macambira, localizado em Lagoa Nova, Rio Grande do Norte, foi o cenário da II Edição da Semana da Consciência Negra, realizada de 18 a 20 de novembro. O evento, promovido pela Associação Quilombola da Macambira e Ministério da Cultura com patrocínio da Aliança Energia, celebrou o Mês da Consciência Negra, destacando as tradições africanas e sua contribuição à formação da identidade nacional.
Durante os três dias de programação, o público teve a oportunidade de vivenciar um mergulho na riqueza cultural e histórica da comunidade quilombola da Macambira. Entre as atividades realizadas, estiveram exposições de máscaras africanas e fotografias, vivências culturais como pintura corporal e tranças afro, além de experimentações artísticas com máscaras. Apresentações de grupos como Folia de Rua, Coco Jurema do as flechas, Grupo de Mulheres, Grupo de Boi de Reis e o Forró Chama Musical também marcaram o evento.
As atividades incluíram ainda exibições de filmes e rodas de conversa, promovendo reflexões sobre ancestralidade e os desafios enfrentados pelas comunidades negras no Brasil. As visitas guiadas ao Museu Quilombola enriqueceram ainda mais a experiência dos participantes, ao oferecerem uma imersão nas histórias e expressões culturais locais.
A exposição “Expressões Negras da Macambira” foi um dos destaques do evento. Resultado de uma oficina de fotografia realizada no segundo semestre de 2024 pelo fotógrafo Onilson Pires, com coordenação de Raimundo Melo e Talita Barbosa, a mostra registrou em imagens as novas e antigas gerações da comunidade quilombola. Gabriela Nunes, aluna da oficina, destacou: “Foi transformador! Além de aprender sobre iluminação, composição e expressão, conectei-me com minhas raízes. Uma experiência enriquecedora e mágica que permitiu capturar a essência da nossa cultura negra.”
O Museu Quilombola da Macambira reafirma-se como um espaço de resistência e preservação cultural. A Semana da Consciência Negra reforçou a valorização das raízes locais e a importância de criar espaços de diálogo sobre equidade racial e combate ao racismo.
A iniciativa está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. O evento promoveu educação inclusiva (ODS 4), destacou a valorização de identidades marginalizadas (ODS 10), reforçou a preservação do patrimônio cultural (ODS 11) e exemplificou o poder das parcerias (ODS 17), unindo esforços entre o setor privado, instituições locais e redes culturais.